Definidos todos os confrontos de oitavas de final do
Australian Open, com 11 cabeças de chave no masculino e 10 no feminino. Antes,
o dia de vitórias dos favoritos no masculino e da queda da 4ª pré-classificada
no feminino.
Dia 6, 24/jan
Agnieszka Radwanska
(POL) [6] 2x0 Varvara Lepchenko (EUA) [30] 6/0 7/5
A norte-americana começou a partida derrotada mental e
fisicamente, somou 10 pontos na 1ª parcial e então utilizou um tempo médico
para tentar explicar alguma indisposição que a incomodava (certamente desde
antes do jogo). A polonesa ameaçou se complicar não quebrando 2 serviços no 2º
set. Um game horroroso na hora de fechar em 6/3 e a favorita ficou em quadra
alguns minutos a mais do que deveria.
Pequeno drama (desnecessário) |
Venus Williams (EUA) [18] 2x1 Camila Giorgi
(ITA) 4/6 7/6(3) 6/1
Alternando com o jogo da Rod Laver Arena, este parecia de
outra categoria, especialmente pelo peso das bolas e a velocidade de ambas nos
rallys. Tudo sob controle para a italiana no 2º set – teve 0-40 para abrir 5/2
–, agredindo e se movimentando mais, Venus errando na hora de finalizar os
pontos até que o famoso “click” liga a chave da WTA. Giorgi é quebrada sacando
para o jogo, precisa salvar 2 set points para forçar o tie-break e nele
presenteia a norte-americana com erros não-forçados logo no início. A italiana
nunca mais saiu do tie-break e só fez um game – de 20 minutos! – no set
derradeiro.
Drama enorme |
Serena Williams (EUA)
[1] 2x1 Elina Svitolina (UCR) [26] 4/6 6/2 6/0
1) Impor o seu plano de jogo; 2) Ter um plano de jogo
agressivo; 3) Conseguir executar o plano de jogo de alto risco. A combinação
desses fatores ligou o alerta na RLA depois que a ucraniana tomou a iniciativa
com bolas longas, sem preferência por um lado ou pelo meio da quadra, induziu a
norte-americana aos erros, obteve 3 quebras e fechou a 1ª parcial em 36
minutos. É bem verdade que Serena começou lenta, com uma movimentação digna de sinal
amarelo fosforescente. A número 1 não encontrou seu ritmo a tempo de escapar no
1º set, como na 2ª rodada, mas a partir da 2ª parcial aumentou seu volume de
jogo. A ucraniana passou a errar mais ou então a atacar sem tanta convicção.
Prato cheio para Serena.
Resolvida com twirl |
Milos Raonic (CAN) [8]
3x0 Benjamin Becker (ALE) 6/4 6/3 6/3
O mais próximo de “susto” que o canadense tomou foi abrir o
2º set perdendo um game de saque pela 1º vez no torneio. 3 minutos depois e ele
já liderava por 2/1. O alemão fez o que pôde nas devoluções e ao tentar ditar
os pontos em busca de uma brecha.
Feliciano Lopez (ESP)
[12] 3x0 Jerzy Janowicz (POL) 7/6(6) 6/4 7/6(3)
Jogo mais tenso do que bom, cheio de erros não-forçados,
chances desperdiçadas e viajadas em momentos importantes (a dupla falta vergonhosa
do polonês para perder o 1º tiebreak se provou crucial). O espanhol passou
longe de encarar match points como nas 2 rodadas anteriores, muito mais à
vontade diante de um estilo agressivo e trocas de bola mais curtas.
Do seu jeito |
Victoria Azarenka (BLR)
2x0 Barbora Zahlavova Strycova (CZE) [25] 6/4 6/4
Recompensa pelas 1ªs rodadas. Daqueles jogos que, mesmo
sendo da WTA, todo mundo sabe como vai terminar, apesar da bielorrussa não ter
se imposto como nos melhores dias sobre o jogo sem ritmo da tcheca.
Kei Nishikori (JAP) [5] 3x1 Steve Johnson (EUA)
6/7(7) 6/1 6/2 6/3
Quase não vi. Pelos números/relatos, o japonês começou devagar
mais uma vez, sofreu com o saque do norte-americano, mas depois do tie-break
deslanchou, confirmando todos os games de serviço.
Novak Djokovic (SRB)
[1] 3x0 Fernando Verdasco (ESP) [31] 7/6(8) 6/3 6/4
O espanhol esteve perto dos seus melhores dias, exigiu mais
do que o esperado e... o número 1 avançou em 3 sets. 82% dos pontos vencidos
com o 1º serviço, 68% com o 2º, nenhuma dupla falta, nenhuma quebra sofrida e
menos da metade dos erros não-forçados do espanhol (24 a 50, segundo as
estatísticas oficiais questionáveis) são números que traduzem o domínio na 3ª
rodada e animam os fãs do sérvio.
Seguro |
David Ferrer (ESP) [9]
3x1 Gilles Simon (FRA) [18] 6/2 7/5 5/7 7/6(4)
As esperadas trocas de bola infinitas ganharam drama quando
o espanhol quis jogo. Sacou em 5/4 no 3º set para fechar e liderou o 4º set por
5/1 antes de perder 5 games seguidos e precisar do tie-break. Não me lembro de
ver Ferrer com tanta dificuldade para liquidar uma partida sob controle. O
sangue (provavelmente de uma bolha) no pé direito, revelado quando o espanhol
tirou o tênis em quadra, pode ajudar a explicar o sofrimento, já que Simon
apenas foi Simon na maior parte do tempo.
Madison Keys (EUA) 2x0
Petra Kvitova (CZE) [4] 6/4 7/5
Festival de quebras e de alternância entre erros infantis e
pontos trabalhados, em que a zebra liderou quase todo o duelo e não deixou a
tcheca à vontade para impor seu jogo. Melhor campanha da norte-americana de 19
anos em Grand Slam. E dá pra continuar.
Fotos: Tennis
Australia.